domingo, 11 de fevereiro de 2007

Praia, Eric Clapton e Rio

Oi pessoal,

Depois da aventura na Tasmânia, minha semana de trabalho foi bem puxada, com virada de noite e tudo, sem grandes acontecimentos.

Trabalhei no sábado também e no domingo fui a uma praia em Anglesea, na Great Ocean Road. Outro passeio organizado pelo Down-Under Social Club. Desta vez a galera estava indo fazer aula de surf, mas eu estava somente interessada em pegar uma prainha...

Saímos de Melbourne às 9:00 e chegamos lá por volta das 11h. O sol estava de rachar, dia perfeito para uma praia. Me enchi de protetor solar e praticamente fiquei de roupa o tempo todo, pois o sol estava muito forte e a praia era meio selvagem, sem nenhuma sombra.

O dia foi bem legal, deu para relaxar um pouco e afinal foi a primeira vez que fui à praia na Austrália. Pelo menos não vou voltar sem ter feito isso...

Saímos de lá por volta das 15:30h e chegamos em Melbourne às 17:30. Fui para o hotel tomar um banho e me preparar para ver Deus: fui a um show do Eric Clapton, no mesmo local onde assisti o Federer jogar no Australian Open.

Foi simplesmente maravilhoso! A única coisa estranha foi que estou acostumada com os shows no Brasil, onde todo mundo participa, canta, dança, e lá era uma pasmaceira só. Tive que me conter várias vezes. Mas valeu super a pena! Ainda não tinha ido a um show dele e não tenho palavras para descrever a emoção de poder assisti-lo.

Depois disso, minha semana seguiu sem grandes emoções, só trabalho mesmo, e na quinta-feira confirmei que minha estadia na Austrália se estenderá até Julho/07. Como várias pessoas estavam de partida para seus respectivos países no dia seguinte (inclusive eu), o projeto organizou um Farewell drinks, mesmo que temporário.

Depois disso, eu e Jennie fomos para a casa da Kim, onde fizemos um jantar e ficamos de papo até tarde. Foi bem legal, curti bastante minha última noite em Melbourne com minhas novas amigas.

Agora estou de volta ao Rio, lutando contra o fuso-horário, na próxima sexta parto para uma semana de férias em NY e uma semana de treinamento em Chicago. Ô vida atribulada! No meio tempo vou trabalhar daqui, tentando fazer um horário maluco que me permita interagir com o povo de lá!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Finalmente a Tasmânia...

Sei que estou em falta com vocês, que têm acompanhado minhas aventuras por terras australianas, mas resolvi colocar o assunto em dia por aqui. Depois de um longo e tenebroso período de horas intermináveis de trabalho, finalmente vou poder contar o que aconteceu nas últimas três semanas.
Tivemos um feriado no dia 26 de Janeiro, sexta-feira, chamado Australian Day, acho que é tipo um dia da independência para eles... Muitas festividades, todo mundo vai para a rua com bandeira (se bem que este ano quase proibiram isso, para não parecer preconceito com os imigrantes).
Neste feriado, um grupo de expatriados da empresa, resolveu organizar uma viagem para a Tasmânia. Na verdade, este grupo fundou uma comunidade chamada Down-Under Social Club, da qual agora faço parte, e esta foi a primeira viagem organizada por eles. Eram mais ou menos 30 pessoas, sendo que apenas eu e mais duas meninas éramos do mesmo projeto (Kim e Jennie), os demais eram todos de um outro projeto.

Fiquei animada, porque achei que ir para a Tasmânia seria uma aventura super diferente e indo com este grupo seria uma ótima oportunidade de conhecer gente nova e não teria que viajar sozinha, o que acho muito chato.

O esquema era o seguinte: fomos para a Tasmânia de navio, chamado Spirit of Tasmania; fiquei numa cabine com a Kim e a Jennie. Viajamos a noite toda e chegamos em Davenport (norte da ilha) às 7h da manhã. A noite no navio foi animada, era aniversário da Jennie e tentamos fazer uma pequena comemoração. Como o grupo era grande, ficou fácil de ser animado. Já nos primeiros momentos junto com o grupo, deu para perceber que a viagem seria "interessante"...

Ao chegarmos na Tasmânia, um ônibus, que ficaria à nossa disposição durante toda a viagem, nos esperava no porto. Estávamos morrendo de fome porque o navio não era lá essas coisas e não incluía café da manhã. Pedimos ao motorista uma dica de onde poderíamos parar para tomar um bom café. Ele indicou um lugar e quando chegamos estava fechado. Seguimos viagem e a idéia era parar no meio do caminho para comer alguma coisa. Acabamos parando num posto de gasolina no meio do nada e as duas pobres mulheres que provavelmente estavam acostumadas a atender meia dúzia de gatos pingados àquela hora da manhã ficaram que nem duas baratas tontas com tanta gente pedindo para preparar sanduíches, bacon, ovos, aquelas coisas que americano gosta (a maioria do pessoal era americano, tinham alguns italianos tb - ô carma!).

Depois deste "delicioso" café da manhã, seguimos em frente rumo a Ross, uma cidadezinha (muito inha mesmo) completamente perdida no meio do nada, onde a principal atração turística era uma... ponte. Muito sem graça, vejam a foto ao lado. Detalhe: chegamos na cidade umas 10 e meia da manhã e ficaríamos até meio-dia. Eu, Kim e Jennie fomos dar uma volta pela cidade para ver se encontrávamos alguma coisa interessante e o mais interessante que encontramos foram algumas casinhas que pareciam casa de hobbits.
Pausa: esqueci de contar, antes de chegarmos a Ross, fizemos uma parada em uma fábrica de queijos - sem comentários.

Seguimos rumo a Hobart, principal cidade da Tasmânia, localizada no sul da ilha. A idéia era irmos direto para o nosso hotel e depois sairmos para jantar. Mais uma vez, o organizador da viagem pediu sugestões para o motorista (detalhe importante: nosso motorista devia ter uns 70 e poucos anos - a relevância está no tipo de dicas que ele nos dava). O motorista sugeriu que fôssemos num dos melhores restaurantes de frutos do mar de Hobart. Ficamos animados! Finalmente teríamos uma refeição decente.

Depois de quase 3h no ônibus (passando por milhares de fazendas de ovelhas e carneiros - a produção de lã na Tasmânia é muito grande) chegamos ao hotel. Surprise! O hotel não era o mesmo divulgado pela agência de turismo. Digamos que era bem diferente do que estávamos esperando. Naquela altura do campeonato, a decisão foi: se o hotel fosse limpo, ficaríamos ali mesmo. Esqueci de contar uma coisa: o esquema do hotel era o de dividir os quartos entre 3 ou quatro pessoas. Eu, Jennie e Kim estávamos no mesmo quarto, mas de acordo com a distribuição oficial tinha mais uma pessoa no nosso quarto... um italiano. Isso mesmo! Ficamos apavoradas e demos um jeito de no final das contas ficarmos num quarto de três.
O hotel não era lá essas coisas mas já fiquei em piores. Descansamos um pouco e antes de sairmos para o tal restaurantes fizemos uma sessão de drinks ao ar livre (o pessoal tinha levado cerveja e vinho). Saímos para jantar por volta de umas 17h (não me acostumo com esse horário de jantar dos americanos) e quando chegamos no restaurante, surprise! Era do tipo, escolha sua comida, peça no balcão, pegue sua bandejinha e sente em qualquer mesa.Decepção geral, ou melhor, minha, da Kim, da Jennie e de mais algumas outras pessoas. Apesar disso, o clima era "vamos fazer tudo em grupo" e o grupo decidiu ficar. A comida era boa, na verdade, mas estávamos a fim de sentar, sermos servidos, etc.
De lá, fomos caçar um bar para fecharmos a noite. Imagina, 30 pessoas lotam qualquer barzinho, não precisávamos de muito. Chegamos nesse bar, que estava às moscas, e até que foi legal. Tinha karokê (não cantei é claro!), foi divertido. De lá, algumas pessoas foram para o hotel, e outras seguiram para um outro bar, mais estilo boite, lotadaço, daquele tipo que só deixa entrar se você estiver bem vestido ou for "cool". Eu fiquei com o pessoal que esticou neste outro bar, mas não ficamos muito tempo.
No dia seguinte, nosso passeio emocionante foi para Port Arthur, onde a principal atração da cidade é uma prisão desativada, que era onde os bandidos da Coroa Britânica ficavam presos. O ponto mais alto deste dia durou exatamente menos de 1 minuto: durante a viagem para Port Arthur, passamos por paisagens interessantes, e tem uma parte que você sobe uma serra e de repente quando começa a descer pode-se avistar uma praia maravilhosa! Pena que só deu para ver do ônibus e ficar com gostinho de quero mais...
No último dia, fechamos a viagem com chave de ouro: um passeio de barco pela baía de Hobart (vejam a foto do barco ao lado - preciso dizer mais alguma coisa?)
Encurtando a estória, porque vocês já devem estar meio de saco cheio. Minha viagem à Tasmânia se resumiu a: visitar lugares desinteressantes, seguir as dicas de um senhor que na nossa última noite em Hobart sugeriu que fôssemos a um cassino (!?), comer em postos de gasolina (sim, no caminho para o aeroporto no último dia, paramos novamente para almoçar num posto de gasolina), não ter a menor idéia do que são as paisagens maravilhosas que vi nos folhetos de divulgação do que fazer na Tasmânia...

Mas não posso dizer que a aventura foi em vão. Valeu a pena por ter podido conhecer gente nova e ter tipo a oportunidade de me aproximar da Kim e da Jennie. Sem dúvida nenhuma, se elas não estivessem por lá teria sido insuportável!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Ainda estou por aqui...

Oi Pessoal!!
Tem um tempão que não dou notícias, é claro que isso tem uma explicação e dou um doce para quem adivinhar...

Tenho trabalhado demais, esta semana precisei virar a noite e tudo... Então não tem sobrado muito tempo para contar nada, aliás nem tenho muita coisa para contar... A menos sobre minha viagem para a Tasmânia, que foi, digamos, uma completa furada!!

Mas eu vou contar com detalhes em outro post, provavelmente neste fim de semana.

Beijos